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domingo, 17 de junho de 2012

Liderança depende de vontade e iniciativa


Ao contrário do que muitos executivos imaginam, a liderança não é inata ou depende das condições sociais, mas depende, fundamentalmente, da vontade individual. O líder é líder porque deseja essa posição. Esse pensamento sintetiza a palestra Como vencer através das pessoas na nova economia, proferida pelo renomado especialista em liderança.

Durante cerca de duas horas e meia, Covey mostrou que um dos principais equívocos dos executivos é substituir a competência pelo gerenciamento, ou seja, adotar posturas preestabelecidas e mecânicas em vez de tentar liberar a energia criativa das equipes que os cercam. Quando o outro tem a possibilidade de aprender, crescer, tomar decisões e arcar com as responsabilidades de seus atos, a qualidade e a eficiência emergem.

Todos os líderes legítimos, segundo o autor de Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, devem ser capazes de comunicar o valor e o potencial das pessoas com clareza, ou seja, eles são descortinadores de talentos e potenciais. Mas esse estágio só é alcançado quando o líder é guiado por três princípios que compõem e orientam o seu caráter: a integridade – valores intrínsecos de nossa consciência–,  o significado – senso de contribuir com as pessoas e causas –, e a voz – alinhamento do trabalho com a vocação de cada um.

Essas características são plenamente desenvolvidas quando estão alinhadas a sete hábitos fundamentais para o pleno desenvolvimento das capacidades do ser humano. O primeiro é a pró-atividade, também traduzida como responsabilidade e iniciativa; o segundo, começar um trabalho com um fim já em mente. O terceiro e o quarto hábitos são, respectivamente, priorizar o mais importante e pensar em vitória coletiva – visar aos benefícios mútuos. Compreender para posteriormente ser compreendido, criar sinergia e buscar a renovação completam a lista de hábitos que devem ser adotados.

Para Covey, portanto, as pessoas podem ser proprietárias de seus destinos e fazer com que suas quatro necessidades básicas – viver, amar, aprender e deixar um legado – também sejam transportas ao seu universo de trabalho. Assim como os seres humanos, as organizações precisam sobreviver, fixar uma cultura de gentilezas e respeito, difundir a flexibilidade entre os seus funcionários e deixar produzir bons produtos e serviços, de tal forma que isso contribua para uma sociedade melhor.

Os princípios podem ser adotados por todos, em qualquer situação, porque são universais e atemporais, são eles que determinam a integridade de um elemento, exalta o especialista. E completa: vivemos em uma época em que todos querem ganhar, quando, na verdade, o mais vantajoso seria compartilhar a vitória.

Ensinar, enfatiza Covey, é uma ótima forma de aprender, desde que o aprendizado seja colocado em prática e multiplicado para todas as esferas da empresa. A atitude de contribuir para o aprimoramento do outro também motiva uma ligação emocional, o envolvimento necessário para que a harmonia se converta em fonte de integração e entendimento. Muitos de vocês podem achar minhas palavras interessantes, mas ponderar que estão sendo passadas para as pessoas erradas. Esse é um triste equívoco, pois não importa onde você trabalhe ou sua chefia; você será um líder se for um agente de inovação, influenciando as pessoas à sua volta, positivamente, se proporcionar uma mudança de atitude. É a consciência de que alguém, não importa a hierarquia, o salário ou área de influência, precisa mudar.

Fonte

PAES, Francisco J. C. Liderança depende de vontade e iniciativa. Disponível em: <http://www.ucg.br/site_docente/adm/francisco_jose/pdf/liderancaechefia/pdf/ALiderancaDependeHSMManagement.pdf>. Acesso em: 21 set. 2005. 

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