Para refletir...
Com frequência, a reativação dos trens é comentada. Há consenso da sua utilidade e significado para os tempos atuais. Um meio que jamais deveria ter sido extinto. Se pairassem dúvidas, bastava ter dado uma espiada nos outros países que seguiram a logística inversa: aprimoraram o transporte ferroviário. Além de estarem dotados de excelentes rodovias, dispõem de trilhos que aceitam quantidades e velocidades incríveis.
Já tive a oportunidade de caminhar sobre trilhos. Evidente que não havia mais circulação de trens. Entre as extremidades são deixados pequenos espaços para permitir a dilatação, quando houver um aumento de temperatura e sua contração, quando houver a queda da temperatura. Nas pontes de concreto também são deixados espaços em intervalos regulares para suportar as alterações provocadas pelo clima.
Não é diferente com a vida. Ela acontece entre expandir-se e encolher-se. Há um período existencial onde a vida se expande naturalmente. Assim, como há tempos em que tudo parece se encolher. Trata-se de uma alternância que precisa ser equilibrada pelo idealismo que é gestado continuamente no mais profundo do ser. Alguns deixam acontecer. Desdobram-se em comparações e lamentações. Outros traçam metas, erguem-se das quedas, desconhecem a possibilidade da derrota.
Creio que não existe trajetória humana que não tenha possibilidades e oportunidades. Tudo passa pelas escolhas. O amanhã está interligado com o hoje. Há uma interdependência que pode qualificar ou não. O horizonte não pode ser ofuscado pela indiferença. Quanto mais rápido for o exercício de refazer-se, melhores oportunidades surgirão.
Querer expandir-se ou encolher-se é questão de opção. Nada está determinado. O destino é construído a cada amanhecer, a cada instante. Muitos se encolhem pelo medo de arriscar-se, outros pela acomodação. Mas há os que expandem-se entusiasticamente, pois entenderam que a vitória não é privilégio de alguns, mas oportunidade para todos. Já fiz minha opção. Seguidamente tenho transformado dificuldades em oportunidades. Quanta alegria é possível contabilizar!
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